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Entre todos os animais de estimação, os bichanos estão entre os que mais sofrem com mitos e preconceitos. Começando pelo lado afetivo, é comum ouvir falácias como a de que gatos não se apegam aos tutores. Já quando o assunto é saúde, diversas doenças costumam ser associadas a esses pets, como é o caso da toxoplasmose.
Para acabar com os mitos que cercam a doença, confira a seguir 6 perguntas respondidas sobre a toxoplasmose em gatos!
Por que a toxoplasmose é conhecida como a “doença do gato”?
Se a transmissão da toxoplasmose para humanos raramente ocorre a partir do contato com os bichanos, por que chamá-la de doença do gato, você pode estar se perguntando.
Antes de sair crucificando seu mascote, saiba que um exame de sangue sepulta de vez as dúvidas sobre a chance de ele estar fazendo mal à sua saúde.
Cabe lembrar também que a toxoplasmose é um ciclo que se completa em gatos de rua, que se alimentam de caça e de carne crua. Não é o seu animalzinho doméstico, que vive esparramado no sofá e que come ração seca que vai ser fonte de problemas.
Diferente do que muitos pensam, estima-se que somente entre 10 a 15% dos gatos carreguem o parasita, com destaque para gatos que vivem ou que têm acesso à rua.
Estatisticamente falando, as chances de seu gatinho ser o vilão não é maior do que a falta de informação que permeia o tema. Prevenir a toxoplasmose passa pelos cuidados com a higienização dos alimentos, pelo cozimento das carnes e pelo uso de água de fonte segura ou fervida por pelo menos 10 minutos. Além, é claro, de lavar bem as mãos depois de fazer a limpeza da caixa de areia do seu pet.
Ainda com medo? Procure um veterinário de confiança e tire suas dúvidas. Um profissional vai saber orientá-lo e pode submeter seu mascote a exames sorológicos. É fácil, não é caro e tranquiliza toda a família.
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Quais são as principais formas de transmissão da toxoplasmose para humanos?
Como dito anteriormente, ainda que os gatos sejam fundamentais no ciclo de vida do toxoplasma, o contato com eles e com seus dejetos não é a mais importante forma de contaminação.
Na verdade, de acordo com a Dra. Allice Vigris, as principais formas de transmissão são a infecção congênita durante a gestação e a ingestão de água ou alimentos contaminados.
“Como hospedeiros intermediários, animais como porco ou boi correm o risco de armazenar cistos em seus tecidos, de modo que a carne crua ou mal passada pode ser um meio de contaminação”, diz a veterinária.
Além disso, ela explica que o cisto do protozoário permanece viável por até 6 meses em água com temperatura ambiente. Sendo assim, é comum que a contaminação ocorra não só a partir da ingestão direta da água contaminada, mas também por conta do consumo de alimentos lavados com ela.
E a transmissão pelos gatos, como ela ocorre?
Bem mais rara, a contaminação por toxoplasmose diretamente pelos gatos é dificultada pelo próprio ciclo do parasita.
Quem explica é a Dra. Allice Vigris: “Uma vez que o gato adquire o parasita via oral, esse agente faz um ciclo de replicação intestinal, sendo eliminado pelas fezes após 5 a 7 dias uma única vez a vida toda. Ou seja, o gato não transmitirá continuamente o oocisto”, diz.
Segundo ela, esse agente deverá, ainda, permanecer de 24 a 96 horas exposto em temperatura ambiente para só então ocorrer a esporulação e ele se tornar infectante.
Só a partir daí a contaminação poderá ocorrer caso o tutor manipule as fezes com as mãos e, em seguida, as leve à boca sem a devida higienização.
Como descobrir a toxoplasmose em gatos?
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Abordaremos abaixo sobre a toxoplasmose em gatos e como descobrir. Exceto nos casos de gatos imunossuprimidos, como filhotes, que ainda estão com o sistema imune imaturo, ou adultos com o sistema imune comprometido, a toxoplasmose costuma ser assintomática.
E isso não só nos gatos, mas também em seres humanos, em quem a manifestação da doença muitas vezes é confundida com um leve resfriado, afetando mais gravemente gestantes e pessoas com doença autoimune.
Sendo assim, a única forma de saber se um gato entrou em contato com o agente da toxoplasmose é por meio da avaliação sorológica com titulação. No entanto, a veterinária explica que o teste não diferencia se o pet está ou não eliminando oocistos em suas fezes.
Diagnosticado o problema, o veterinário poderá recomendar um tratamento da toxoplasmose com antibióticos.
O que fazer para evitar a toxoplasmose?
Como visto, medidas simples de higiene e de cuidados com os gatos contribuem muito para a prevenção da toxoplasmose. A seguir, você confere algumas delas:
- Não permita que o gato vá para a rua, onde ele fica exposto não só a doenças, mas também a brigas e atropelamentos;
- Lembre-se que os oocistos de toxoplasma demoram para esporular e limpe a caixa sanitária diariamente;
- Procure utilizar luvas de borracha sempre que for manusear a caixa. No caso das grávidas, o ideal é pedir para que outra pessoa se encarregue da tarefa;
- Luvas de borracha também são fundamentais para quem pratica jardinagem. Tenha em mente que outros gatos podem entrar em contato com as plantas;
- Mantenha os gatos longe das superfícies da cozinha e lave as mãos regularmente;
- Lave frutas, legumes e verduras com cuidado;
- Após manusear carne crua, lave bem as mãos, assim como os utensílios utilizados.
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