Publicado em Dicas de Saúde

Coronavírus: o que é e como se proteger?

Em tempos de dúvidas e medo a cerca do Coronavírus, ninguém melhor que um médico infectologista para esclarecê-las.

Hoje trago uma entrevista exclusiva com a Dra. Cléa Bichara(*), médica infectologista e pesquisadora bastante conceituada, que faz esclarecimentos importantes sobre o assunto.

1. Quais as formas mais frequentes de propagação do coronavírus?

A principal se dá pelo contato com as secreções respiratórias (gotículas) a partir de uma pessoa infectada. Há outras fontes possíveis, embora de menor importância, que seria através do contato com utensílios pessoais, roupas e superfícies que tenham recebido secreções com o vírus, que aí podem permanecer de horas até 9 dias. Ressaltamos como boa notícia que a limpeza adequada destas superfícies com água sanitária ou álcool gel a 70 graus elimina o vírus. Importante citar que o vírus se propaga de uma pessoa para outra a uma distância de até 2 metros.

2. Os métodos de prevenção para gripes comuns podem ser úteis na proteção contra o covid-19?

As medidas de prevenção para as doenças respiratórias são universais, comuns, e trazem benefícios para todas as viroses com comprometimento respiratório. Daí a grande importância da adequada lavagem das mãos com sabão incluindo todas as faces e entre os dedos, indo até próximo ao cotovelo, além do uso do álcool gel a 70 graus, e outras medidas como a “etiqueta respiratória” evitando tossir e espirrar em direção das pessoas; evitar levar mãos sujas ao contato com mucosas incluindo os olhos; e tem também o uso de máscaras cirúrgicas que devem ser bem indicadas para evitar desperdícios. A máscara cirúrgica passa a ser recomendada quando tiver estabelecida a transmissão viral dentro do país, mas não elimina a necessidade dos outros cuidados. E, estão recomendadas principalmente para evitar que suas secreções respiratórias alcancem outras pessoas. Há também as máscaras do tipo N95 que estão recomendadas para aqueles que estão sob possibilidade de realizar procedimentos na assistência aos pacientes como entubação, ressuscitação e outros. Maiores detalhes constam na nota técnica 04/2020 disponibilizado pela ANVISA.

3. Existem grupos de risco para essa epidemia?

Todos estamos sob os mesmos risco de adquirir o vírus se não tomarmos as medidas de proteção frente às secreções respiratórias dos possíveis infectados. Entretanto, o curso da doença se dá de modo mais grave entre os idosos, naqueles com alguma outra condição de doença e imunodeprimidos.

4. Há alguma confirmação sobre a adaptação do vírus com relação ao clima tropical? Pois, somente agora, surgiu um caso no Brasil.

A disseminação está ocorrendo como já observado em situações semelhantes. Leva algum tempo para atingir proporções de pandemia, há critérios para serem atingidos. Não podemos ainda prever como vai se comportar no Brasil por ser um vírus novo. Entretanto, outros vírus do mesmo grupo já se disseminaram em países de elevadas temperatura com quadros variando desde os assintomáticos, até manifestações leves e graves. Enfatizando que na atual situação do Coronavírus, em outros países, têm predominado os casos leves e baixa letalidade.

5. A alimentação pode contribuir favoravelmente para uma proteção eficaz do organismo?

Alimentação saudável contribui em qualquer situação de adoecimento. Comer bem e se manter hidratado é uma ótima atitude.

6. Diante dos sintomas iguais aos de outras viroses comuns, como distinguir o covid-19?

Como já foi informado a maioria dos casos será sem sintomas, ou com sintomas leves em que não será possível clinicamente se fazer diferenças. Nos casos graves, também será necessário fazer o diagnóstico diferencial porque o quadro é parecido, portanto definido pelos exames laboratoriais moleculares. Mas, alguns aspectos chamam atenção como: a febre alta mais prolongada, maior presença das manifestações resultante do acometimento de bases pulmonares repercutindo nos aspectos radiológicos. Enfim, o diferencial deve ser fundamentado na epidemiologia visto que estamos na pandemia anunciada do Coronavírus.

(*) Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Pará, Mestrado e Doutorado em Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários pela Universidade Federal do Pará. É Professora Adjunta da Universidade do Estado do Pará – UEPA, da Faculdade da Amazônia/FAMAZ, Professora permanente dos programas de pós-graduação em Doenças Tropicais/NMTUFPA, Ciências Ambientais CCNT/UEPA e Educação e Saúde na Amazônia CCBS/UEPA. Pesquisadora do Núcleo de Medicina Tropical/UFPA.

Seja um assinante e receba as novidades quentinhas!

Publicado em Cozinha, Dicas de Saúde

Cardápio Saudável

  • Caldo verde: esse prato de origem portuguesa faz sucesso em qualquer lugar do país.
  • Salada de batata fácil: uma salada composta por batatas cozidas e acompanhadas por diversos ingredientes, conhecida em vários países.
  • Fricassé de carne: uma opção versátil tanto para o almoço quanto para o jantar. Veja como é fácil preparar essa delícia cremosa.
  • Mousse de maracujá: uma receita rápida, fácil e prática para aqueles momentos de tempo escasso ou preguiça.
Publicado em Dicas de Saúde

Hora do chá

Quem não conhece um “chá” que seja “tiro e queda” para determinada coisa? Mando para vocês algumas sugestões de chá que fazem muito bem a saúde, além de serem bem gostosos.

ALECRIM

Nome científico: Rosmarinus officinalis

Nomes populares: Alecrim, alecrim-da-horta, alecrim-de-cheiro, rosmarino, erva-da-graça, libanotis

Fins medicinais: Há indícios de que seus princípios ativos combateriam enxaquecas, para lapsos de memória e baixa de imunidade, diminui dores reumáticas e articulares.

Como usar: Dilua 1 colher de café de óleo essencial de alecrim em 1 xícara de azeite de oliva. Esfregue, então, o óleo na região dolorida com massagens suaves.

Atenção! Em pessoas sensíveis, pode irritar a pele quando usado topicamente. Seu óleo jamais deve ser engolido e, em altas dosagens, é abortivo. Quem é epilético não pode usar a erva, principalmente no difusor.

CAMOMILA

Nome científico: Matricaria chamomilla

Nomes populares: Camomila-vulgar, camomila-comum

Fins medicinais: É usada com tônico digestivo, facilita a eliminação de gases e estimula o apetite. A infusão concentrada pode ser usada em bochechos para tratar inflamação das gengivas. Também alivia dores musculares, na coluna e ciáticas.

Como usar: Para aliviar irritações de pele use 6 colheres de sopa de flores frescas de camomila para preparar uma infusão com 1 litro de água. Aplique o líquido em compressas sobre a área afetada.

Atenção! Algumas pessoas têm alergia à erva. E o excesso sempre pode causar mal-estar, enjoo e vômitos. Deve ser evitada por grávidas e por quem estiver tomando remédios anticoagulantes

COENTRO

Nome científico: Coriandum sativum

Nomes populares: Não Há registros

Fins medicinais: O coentro é apontado como um remédio contra a ansiedade.

Como usar: Para combater gases e cólicas faça uma tintura com 1 colher de sopa de sementes de coentro secas em 1 xícara de chá de álcool de cereais a 60%, que pode ser encontrado em farmácias. Deixe macerar por 5 dias e coe a mistura. Dilua 20 gotas em 1 copo de água e beba.

Atenção! As folhas usadas como tempero são tóxicas se consumidas em grandes quantidades – o que seria necessário para obter um efeito medicinal. Por isso, para aliviar problemas digestivos, recomenda-se as sementes.

CRAVO-DA-ÍNDIA

Nome científico: Syzygium aromaticum

Nomes populares: Rosa-da-índia, craveiro-da-índia, cravoária

Fins medicinais: Parece ter uma ação anticoagulante pois inibe a agregação das plaquetas.

Como usar: Para prevenir gengivites, faça um antisséptico bucal: adicione 1 xícara de chá de água fervente sobre 1 colher de sopa de cravos e deixe amornar por 10 minutos. Coe e faça bochechos enquanto ainda estiver morno, de duas a quatro vezes ao dia.

Atenção! Grávidas só devem consumir o cravo-da-índia em porções comumente usadas na alimentação, porque qualquer excesso é capaz de provocar contrações no útero. O óleo da planta nunca deve ser ingerido. Ele também pode irritar a pele.

EUCALIPTO

Nome científico: Eucalyptus globulus

Nomes populares: Gomeiro-azul, mogno-branco, árvore-da-febre

Fins medicinais: O chá é usado para abaixar a febre e combater dores de ciática e gota. Também alivia dores do reumatismo e estimula as defesas. A planta serve como antisséptico e repelente de insetos.

Como usar: Para sinusite (inalação), jogue 1 litro de água fervente sobre 6 ou 8 folhas de eucalipto. Aspire o vapor 2 vezes ao dia.

Atenção! Nos casos de asma seca, pode ter efeito contrário, irritando mais e piorando o quadro alérgico. Em excesso, pode causar sonolência, vômitos, transtornos respiratórios e até perda de consciência. Grávidas, quem tem doenças inflamatórias ou hepáticas graves não podem usar. Crianças não devem fazer inalação nem usar o óleo essencial. A planta também interage com vários remédios, como antidiabéticos e drogas metabolizadas pelo fígado.

LARANJA-DA-TERRA

Nome científico: Citrus aurantium

Nomes populares: laranja-azeda, laranja-amarga, laranja-cavalo, laranja-da-china

Fins medicinais: Efeito antimicrobiano e fungicida, ajuda a baixar colesetrol , estijmulante vascular.

Como usar: Contra a insônia e a ansiedade coloque 2 colheres de sopa das flores em 1 xícara de chá de água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Junte 1 colher de chá de mel e tome, de preferência, antes de dormir.

Atenção! Não manipule ou aplique na pele perto do sol. Ou a laranja-da-terra provocar manchas e queimaduras. Há relatos de efeitos colaterais com uso de suplementos contendo o extrato.

LOURO

Nome científico: Laurus nobilis

Nomes populares: louro-comum, loureiro-dos-poetas, loureiro-de-apolo, loureiro-de-presunto

Fins medicinais: Age como relaxante muscular e alivia dores e contusões.

Como usar: Para acabar com gases e peso no estômago coloque em 1 xícara de chá 1 colher de sobremesa de folhas picadas e adicione água fervente. Abafe por dez minutos e coe. Tome antes das refeições.

Atenção! Não confundir com outros louros, nativos da América, como o louro-preto (Nectandra amara), o louro sassafrás-americano (Sassafras albidum) e o sassafrás-do-Brasil (Ocotea pretios)